Ter propósitos que vão além do que estamos acostumados a ver e sentir na nossa vida cotidiana. 

A tradição Soto Zen é baseada na transmissão de shikantaza (apenas sentar) e sokushinzebutsu, cuja própria mente seria Buda. Com o Mestre Dōgen (1200-1253) a escola Soto e a essência do Budismo atingiram um grau de maturidade e precisão difícil de encontrar em outros tempos. Sua obra-prima, o Shōbōgenzō é uma peça essencial para entender a essência do budismo. Três gerações após sua morte, Keizan Zenji contribuiu muito para a disseminação do Budismo Soto Zen no Japão. Ele é considerado junto com Dōgen Zenji, um dos fundadores da linhagem.

O Zen tem uma tradição secular no Japão e até os dias atuais é possível observá-lo na vida das pessoas. Alimentação, vestuário, pintura, caligrafia, arquitetura, teatro, música, jardinagem, decoração, poesia e tantos outros elementos que compõem a cultura japonesa remetem ao Zen.

Foi no começo do século 20 que o Zen Budismo começou sua expansão em todo o mundo. Grandes líderes espirituais fundaram mosteiros dos quais dão apoio espiritual a centros de meditação menores e grupos de estudo onde quer que haja pessoas interessadas nele. Foi assim que os líderes espirituais da linhagem Soto fundaram mosteiros na França e nos Estados Unidos. Na América, o Zen teve uma forte influência desde a década de 1950 em movimentos artísticos como literatura, dança e pintura.

Na América do Sul, os primeiros missionários budistas chegaram ao Peru e ao Brasil por volta do ano de 1900, quando os primeiros imigrantes japoneses vieram. O templo budista Soto Zen da América do Sul foi fundado em 1955 por Takashina Rosen Zenji Em 30 de novembro de 1955 designou o templo Sotozen como uma filial de dois templos principais, Eiheiji e Sojiji.